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ENTREVISTA A MÓNICA MENDES – CONHECE MELHOR ESTA ATLETA

Hoje partilhamos uma entrevista com a nossa atleta de futebol. Mónica Mendes, 28 anos, natural de Almada.

Atualmente no Servette FCCF, na Suíça, joga na posição de defesa e representa a bandeira do nosso país, pelo qual é apaixonada: “Eu tenho mesmo amor a Portugal como tal, não há maior honra que esta para mim”.

Sempre teve em mente tornar-se profissional e por isso, é muito exigente consigo mesma, levando o futebol e o treino muito a sério. Para Mónica, ser profissional “é uma consequência de tudo o que fiz desde pequena para chegar a este patamar”.

Desde já agradecemos a disponibilidade da atleta para partilhar um pouco da sua história com toda a comunidade Zumub.

Z: A que idade começaste a jogar futebol? Como surgiu o interesse?

M.M.: Comecei a jogar futebol por volta dos 3-4 anos de idade. O meu pai dava treinos de futebol no colégio onde eu andava e foi aí que comecei a jogar. O futebol nasceu comigo e sempre foi o meu melhor amigo nos momentos bons e menos bons. Não me lembro nenhum momento da minha vida onde o futebol não tenha estado presente. 

Z: Quando é que notaste que tinhas potencial para te tornar profissional?

M.M.: Desde pequena que sempre soube que queria ser profissional. Treinava todos os dias sozinha, com amigos, na escola ou nas equipas onde estive com o objetivo de querer sempre ser melhor e superar-me. Sou muito exigente e por isso desde pequena que levo o futebol e o treino muito a sério. Penso que ser profissional é uma consequência de tudo o que fiz desde pequena para chegar a este patamar. Nada me foi dado, partiu sempre de mim este amor pelo futebol e toda a minha carreira tem sido uma constante conquista baseada no amor que tenho aos meus sonhos no futebol.

Z: Como é a rotina de uma jogadora profissional de futebol? Conta-nos um pouco.

M.M.: Nos dias que treino só uma vez, gosto de acordar cedo, tomar um bom pequeno-almoço e depois fazer uma pequena ativação. Depois meto-me a ler ou a estudar algo que gosto ou vou mesmo à escola para aprender francês. Depois volto e almoço. Durmo uma sesta e preparo-me para o treino. Vou treinar e depois volto a casa. Tento jantar assim que chego e depois falo com a minha família com calma. Por vezes, vejo alguma serie ou jogos de futebol. Depois vou dormir. 

Nos dias que temos bi-diários é basicamente acordar cedo, ir treinar, voltar a casa, comer, dormir uma sesta e preparar para o treino da tarde. O resto é igual aos outros dias.

Z: Tendo em conta a tua profissão, a alimentação e suplementação é algo rigoroso e bem planeado?

M.M.: Sim. Para além de ser um must a meu ver nesta profissão eu também tenho alguns problemas com a digestão o que faz com que tenha mesmo de ter muita atenção com a minha alimentação e suplementação para que tenha rendimento nos treinos e nos jogos. Uma vez ou outra saio da rotina, mas quase sempre é rigorosa e saudável. 

Z: Atualmente, qual é o teu principal objetivo enquanto jogadora de futebol? E o teu maior sonho?

M.M.: Treino sempre perto daquilo que é o meu máximo com o objetivo de me melhorar constantemente e conseguir ajudar a minha equipa a ganhar todas as provas onde esteja presente e para terminar as épocas fisicamente e mentalmente melhor do que comecei. 

Eu quero ganhar sempre em todas as competições e como tal para esta época é sem dúvida ajudar o Servette a ganhar todas competições nacionais onde está inserido para que no próximo ano consigamos de novo estar na Champions League e elevar o clube cada vez mais alto a nível internacional.  

Z: Como é jogar na Suíça? Costumas ter saudades de Portugal?

M.M.: Está a ser uma experiência muito boa até ao momento. Encontrei uma equipa onde direção e o staff têm uma maneira muito semelhante à minha maneira de estar e viver o futebol independentemente de ser uma equipa ainda pequena de nome no futebol feminino internacional. Treina-se muito e bem. Melhora-se individualmente muito e a exigência coletiva é cada vez maior. Para além disso todas fazem e sentem-se parte deste processo. Por isso acredito que se continuar assim e com todos os pequenos passos que temos vindo a conseguir, mais cedo ou mais tarde o clube irá ter os seus frutos. 

Claro que sim. No entanto hoje com as videochamadas e as redes sociais, a distância é só uma questão física.

Z: Conta-nos um pouco do que é ter a oportunidade de representar Portugal. Como é vestir a camisola da Seleção?

M.M.: Eu tenho mesmo amor a Portugal como tal, não há maior honra que esta para mim. Foi, é e será sempre um enorme orgulho poder defender e elevar as nossas cores e a nossa nação e especialmente através da nossa seleção. 

Z: Qual é a tua opinião sobre o desenvolvimento do futebol feminino em Portugal?

M.M.: O futebol feminino Português tem vindo a desenvolver-se muito e são notórias as diferenças. No entanto, este desenvolvimento tem acontecido acentuadamente a nível Europeu e como tal para que consigamos estar cada vez mais perto dos outros países, temos ainda um longo caminho a percorrer. Todas somos responsáveis pelo desenvolvimento do futebol em Portugal e como tal devemos lutar pelos nossos direitos para que as próximas gerações tenham mais mulheres com possibilidades de se dedicarem ao futebol a 100% e todas com as mesmas condições de trabalho, coisa que ainda não acontece há exceção das equipas consideras profissionais. 

Z: Para ti, qual é o teu ponto forte? E o ponto fraco, que gostarias de melhorar?

M.M.: O meu forte é talvez a parte tática, técnica e mental do jogo. Não diria ponto fraco porque depende da perspetiva, mas tudo o que tenha a ver com a parte física em termos de velocidade e explosividade aí, naturalmente, não sou. Como tal, trabalho muito mesmo nesse aspeto dentro daquilo que é possível para me melhorar. 

Z: De todos os campeonatos que já participaste, existe algum que guardes em especial na tua memória? Se sim, qual e porquê?

M.M.: De todos tenho memórias muitos especiais por diferentes motivos. Acho que o que é mais gratificante neste meu percurso é o facto que por mais títulos coletivos e individuais que tenha conseguido nenhum deles é mais importante para mim do que o crescimento e desenvolvimento pessoal que tive como pessoa e atleta ao longo de todo este percurso.  Sei perfeitamente quem sou, o que quero, para onde vou e quem realmente me apoia. Isto é o que fica na memória de todas as minhas experiências ao longo da minha carreira. 

Z: Durante a tua carreira desportiva, recebeste algum conselho que nunca te irás esquecer? Se sim, qual foi?

M.M.: Ao longo da minha carreira os melhores conselhos vieram das pessoas que me são próximas e basicamente incentivam-me sempre a seguir os meus sonhos e a nunca desistir por mais pedras que as pessoas ou a vida metam no meu caminho. Que se não der por um lado, dá pelo outro. Mas enquanto há vontade de sonhar e lutar pelos próprios sonhos tudo é possível!

Z: Qual o principal conselho que darias a uma pessoa que está a iniciar neste desporto?

M.M.: Sonha e sê feliz! Os sonhos são teus logo se acreditares neles, trabalhares arduamente para isso mais cedo ou mais tarde vais concretizar o que queres. Acredita em ti mesmo!

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